segunda-feira, junho 06, 2016

O MODO DUAL

O amor despótico do seu gostar
me expulsa pra fora da vida
e não consigo mais me lembrar de nada
      do passado de uma vida sofrida.

Demais, a sinta, e nada mais me passará pela cabeça
Recordo abandonando todo o agora
ao falhar em traduzir pra você, o verbo
que não me sai, da cama

Nada mais me atinge, exceto o "porquê"
pra saber o que se passa
no seu gostar: em gostar, de mentir pra você.
Ter fingir que na verdade eu não sei.
mesmo
sabendo
do retro-gosto do seu beijo.

A vida é um jogo jogado pelo seu jeito, me im-porta,
e torna de minha vida, sintética.
Me expulsa da lei, e proíbe o verbo:
eu tento e continuo tentando
ainda que, todos os cantos,
de todos os cantos
tentem me convencer
do contrário.

O verbo é quem agora me atinge,
O meu contato com o seu, eu pago por ele,
mas você ainda há de negar, pois sabe que ainda vai durar...
E fazemos certo, pois ainda não me contento com a mais incerta busca
e quando estou certo, ele sou eu, e corro covarde de estar perto
pois nada mais é capaz de ser tão profundo
do que acordar e começar um novo dia e conhecer você.

O nada é quem agora me atinge,
Minha ética, deixou de ser, ano pós ano, e não sobrou nada.
Por último, lamenta, ainda, que ele não seja aquele quem você admira.

Mas há de ser quem se propôs a viver na loucura.
E autenticou meu modo dual de lhe conceber
pois tão rápido
Eu te conheço.

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